Filarmônica Juvenil Rio do Ouro presta contas dos recursos recebidos através do Programa de Fomento às Filarmônicas da Bahia viabilizado via FUNCEB
O presente texto tem por objetivo relatar e/ou descrever de modo reflexivo as principais atividades desenvolvidas através da Filarmônica Juvenil Rio do Ouro, no período em que vigorou o contrato de apoio nº 053/2010, referente ao Programa de Fomento às Filarmônicas da Bahia.
Durante o período supracitado a nossa principal atividade foi dar continuidade ao “Projeto do Ponto de Cultura - Filarmônica nas Escolas”. Para isso, o Programa de Fomento às Filarmônicas da Bahia foi muito importante ajudando-nos a oportunizar o ensino gratuito de música em Jacobina. Além de contribuir, essencialmente, no aumento da auto-estima de músicos iniciantes e “veteranos”.
Com o dinheiro recebido por intermédio do Programa de Fomento às Filarmônicas da Bahia, a “Filarmônica Juvenil Rio do Ouro” pôde adquirir 17 instrumentos musicais de sopro e um computador completo com impressora, o qual facilitou em muito a digitação e impressão de partituras. Os 17 instrumentos musicais, somados a mais 10, comprados com recursos do Ponto de Cultura fizeram com que, só no ano de 2011 a Filarmônica aumentasse seu “patrimônio em 27 novos instrumentos, os quais, certamente despertaram um maior interesse dos alunos em continuar a estudar música. Bem como, proporcionou a volta de alguns veteranos que após um período de afastamento voltaram a fazer parte do quadro de membros da “Rio do Ouro”.
Nesse sentido, o Programa de Fomento as Filarmônicas da Bahia viabilizou o funcionamento da escola de música já existente com mais de 35 alunos, além de incentivar a volta de 3 músicos veteranos que junto aos já citados proporcionaram aos cidadãos de Jacobina e região momentos de satisfação ao participarem de festas religiosas, eventos cívicos e atividades culturais.
Inicialmente, nossa maior dificuldade para desenvolver o projeto foi à falta de estrutura física adequada ao bom funcionamento da escola de música, assim como os poucos instrumentos musicais disponíveis em estado aceitáveis de uso. Graças a esta iniciativa do Governo do Estado Bahia, o problema da falta de instrumentos foi superado. Porém, a falta de um espaço adequado ao funcionamento da escola de música exigiu maior articulação por parte da direção, mas através de parceria com a Escola Estadual Emília Brandão, que cedeu seu espaço para as aulas de iniciação musical através da flauta doce, o problema foi parcialmente solucionado. A direção da filarmônica procurou ajuda, também, junto à Prefeitura de Jacobina que disponibilizou uma sala no Centro Cultural a qual estará em condições de receber a filarmônica a partir do mês 09 do ano de 2011.
O Programa de Fomento às Filarmônicas da Bahia foi, portanto, para Filarmônica Juvenil Rio do Ouro uma maneira de fortalecer e condicionar o propósito de continuar a difundir o ensino de música com qualidade, propagando a cultura musical e/ou instrumental tão bem aceita em toda Bahia, além de se trabalhar princípios necessários à formação de jovens mais conscientes dos seus deveres enquanto cidadãos.
PÚBLICO ATINGIDO
O projeto contemplou de forma direta, em média mais de 40 pessoas. Isto porque entendemos que a principal atividade é a escola de música, mas, se levarmos em conta que uma vez matriculados, as atividades desenvolvidas pela Filarmônica refletem na vida desses alunos de um modo especial, seja no ambiente familiar, seja nas escolas convencionais de ensino nas quais estudam, enfim refletem positivamente em toda comunidade.
O ensino de música na Filarmônica Juvenil Rio do Ouro funciona de forma gratuita e não faz distinção de pessoas: crianças, adolescentes, jovens, terceira idade, pertencentes às quais quer credos religiosos, com poder aquisitivo ou de baixa renda, enfim, são atendidos todos que procurarem a entidade manifestando desejo de aprenderem música.
No entanto, verificamos que todos os nossos alunos e músicos são oriundos de uma camada social mais “carente” são pessoas com idade entre sete (7) e trinta anos (30) anos. Estudantes de escolas públicas municipais ou estaduais, moradores de bairros periféricos da cidade de Jacobina-BA.
Essas pessoas quando ingressam com idades entre 7 e 13 anos são iniciadas, primeiro com a Flauta Doce num espaço cedido pela direção do Grupo Escolar Emília Brandão sendo as aulas ministradas pelo professor Joel de Jesus Cruz todas as segundas-feiras, terças-feiras e quintas-feiras das 18h00min a 19h00min com quantidade de alunos variando entre 20 e 25 pessoas. E só de posse de uma maturidade e base musical passam a frequentar as aulas cuja instrumentação exige um pouco mais de conhecimento técnico.
As aulas com instrumentação um pouco mais avançada são realizadas as terças e quintas-feiras das 19h30min às 20h30min na sociedade Aurora Jacobinense, também pelo professor Joel de Jesus Cruz com apoio de músicos mais experientes como: Ronival Ferreira Souza e Galdino S. Maia Junior. Atendendo um público entre 10 e 15 pessoas de 7 anos em diante.
Além de um trabalho com alunos oriundos do Pontilhão de Canavieira, um povoado (bairro) muito afastado da cidade, cuja realização só foi possível devido ao apoio do convento de Jacobina o qual fornece almoço para 10 alunos inscritos nas aulas ministradas pelo professor Joel de J. Cruz todas as quintas-feiras das 14h00min as 16h00min.
Portanto, o projeto atendeu e continua atendendo a toda e qualquer pessoa, mas, principalmente, a um público que geralmente encontra-se em vulnerabilidade social, porém vislumbram futuros mais promissores.
